O que é que bolachas, Maria,
Leite quente ou água fria?
Leite quente ou água fria?
De facto, c'um escafandro! é que se pode entrar pela água fria adentro, se bem que nem tanto adentrar o leite quente… E olhem que até, se calhar…
Mas enfim, tudo isso é filosofia e aqui é mais de poesia que se trata, de maneira que toca a rimar e a arrimar aqui a este marco de correio por acaso até bastante virtual as pilhas e pilhas de líricas contribuições, isso... E c’um escafandro! ou sem ele, o que é preciso na vida é colaborar e, como dizia o outro, nunca deixar de ir ao funeral dos nossos amigos, porque senão depois eles também não vêm ao nosso funeral…
Muitos cumprimentos deste que se subassina
Saraiva professor
Olá migos e senhor professor Saraiva igualmente. Chamo-me Azeredo Fisga e resido em Alfeguibújero Sólido, freguesia de Fradiguilhos Fáceis, há muito tempo. Junto envio a minha colaboração, por consequência e sem outro assunto. Obrigado.
ResponderEliminar... ... ... ... ... ...
Com arroz, Jú, ou antes queres
que esparguete de fininho?...
Quero eu dizer, se preferes
assim, assado, ou ancinho...
Com ceição, ou sem a dita?,
seja lá isso o que for...
Com entrada tão catita,
a saída 'inda é melhor!
Papo seco, se não chove...
Fome que ladra, não morda,
que se não houver, come-se açorda.
Acumula, o que o cu move.
O que é que bolachas, Maria,
leite quente, ou água fria?
o que é que bolachas, Maria,
ResponderEliminarleite quente, ou água fria?
e porque atarracahas, Manel,
parafusos com um pincel?
não é com pá de pedreiro,
que cimentas a amizade.
os bicos do fogareiro
não picam na realidade.
não fala a boca do forno.
é muda como um anão,
que sofra desse transtorno,
dessa mesma condição.
não ouve o canto da casa,
ninguém, por muito que queira.
o penico tem uma asa,
quatro pernas a cadeira.
ferve a cal com água fria.
e a couve, logo ao nascer,
no nome já anuncia
o que já deixou de ser.
por isso pôr-se a questão
aos que estão é evidente
que uns acham outros não
mas para mim é indiferente
e tu Maria, que bolachas,
diz-me lá o que larachas...
olá o meu nome é Adeus e Atébreve Tavares, resido em Vale dos Píncaros, distrito Controverso, concelho... se quereis um conselho, consultai um padre!
até sempre
eu farelo e tu, farinhas?
ResponderEliminareu marmelo e tu, marmotas?
não caroço o que graínhas
não carolo o que carlotas
se eu armário, tu gavetas.
se eu alpino, tu alpistas.
tudo o que digo, ampulhetas,
ou então contorcionistas
bem sei que só melancia
às vezes quando te ervilhas
com urtigas nas virilhas
ou com um pano nas lentilhas
o que é que bolachas, maria,
encharcado em lente quente, ou água fria?
olá, eu sou a Maria e este é um poema introspectivo e autobiográfico. refletece a luta interna que travo comigo própria a nível psicológico e emocional.a antiga angústia que me dá antes de jantar. a insustentável levedura da cerveja.
bem hajam
resguardos a todos
pinga da goteira dos telhados
ResponderEliminardo gume acerado das facas
escorre das paredes cobertas de musgo velho
infiltra-se por entre as pedras que cobrem o leito esventrado da ribeira seca
alastra como uma nódoa pelo chão de laje negra
viscoso e translúcido
brilhante e fluído
sinistro e mudo
nenhum bicarbonato há-de algum dia diluir-se no seu líquido apetite
na sua voraz metafísica
nem sal que se derreta
açúcar que se dissolva
agriões que nele cresçam
manjerico que aí medre
mete-se nos ossos como a humidade nos bolsos
cai do céu como os caramelos vaquinha
o que é bolachas Maria
leite quente ou á gua fria?
António Vagamente Confuso e Muito, aldeia da Gosma, conc. Capuz p'rós Olhos
Olá professor Saraiva,
ResponderEliminarPois, eu cá de poesia não tenho grande experiência, eu é mais farturas, porque trabalho numa feira bastante popular na Bolívia, a terra dos Bolos, onde estou emigrado há já alguns dias.
O meu nome é Josefino Sortido, e actualmente resido em Cochabamba, que é onde é a tal feira…
Muito obrigado pela oportunidade que me dá e boa sorte para o seu programa.
O que é que bolachas, Maria,
Leite quente ou água fria?
Se escondes o que bolachas,
Em chuingamosas larachas,
Se tudo o que tu biscoitas,
Guardas p’ra ti, não t’afoitas
Fora dessas tarteletes
Em que não te comprometes…
O que pastelas, Maria,
Eu não o pastelaria,
Nata disso! Pois não vês
P’lo amor de quem palmiês,
Que se nunca te muffinas,
Mais sofres, mais desatinas?
O que é que bolachas, Maria,
Leite quente ou água fria?
Que donut a quem doer,
Diz o que tens a dizer,
Às mães, aos pais, aos avós,
A filhas, filhas, filhós!
Di-lo pães, di-lo de ló,
Di-lo, mas não digas só,
Tu passa logo às acções,
Vai-te a esse coscorões
E dá-lhes nas rabanadas
Duas valentes palmadas!
Bolinhos d’arroz, moleques,
Co’a mania que são queques!
oH c'um 'xcafander digo eu, pá, que todos os cães tem sorte, não querem lá ver... ainda bem que o porfesor se constipou porque assim eu tenho ocasião de mandar também a minha puesia e a ver se ganho o capacete. não é que eu tenha grande jeito para versos, mas vamos lá a ver, como também o mote é assim para o parvo, talvez me safe. até sempre, eu nome é Pá Xecual de Melo, mas podem chamar-me só Pá. Moro em Madra, Goa.
ResponderEliminarCá vai bife
o que é que bolachas maria
o que é que bolachas manel
não te massa a aletria
nem te assa a rapatel
o que é que bolachas torrada
ou preferes de raspão
com manteiga e marmelada
com margarina é que não
que é que bolandas carlota
a fazer ao pé coxinho
já perdestes uma bota
ou pisastes cócózinho
que é que balbinas raimunda
que é que eduardas tomé
bem sei que me barafundas
mas olha que não fricassé
que é que bolachas maria
que é que bolachas tozé
leite quente ou água fria
ou groselha ou capilé
que é que bolachas vizinha
que é que bolachas vizinho
um pero vaz de caminha
ou um pero zás no focinho
... eh pá desculpa tive de voltar atrás que tinha-me esquecido da chave
xau
Caro Professor Saraiva e cara Professora Maria Alice,
ResponderEliminarAproveito a ocasião que surge da vossa constipação para submeter à vossa douta consideração uns versos que me vão na alma e no coração. Chamo-me João Sebastião Ribeirão e, além de poeta, sou músico (um bocado barroco, por tal sinal…) e sou também proprietário de uma fábrica de cachaça clandestina, que é o que vai assegurando a sobrevivência dos meus, que isto hoje em dia a música e a poesia são chão que já deu cana-de-açúcar…
Maria, que dar devia
Calor à minha existência,
E a deixava, ao invés, fria
Com a sua cruel ausência,
Maria não respondia
Se lhe pedia anuência
Se, em desespero, insistia
Ignorava-me a insistência…
“O que bolachas, Maria,
Leite quente ou água fria?
Dou-te tudo a ti, Maria,
Dou-te a Terra e dou-te o Céu
Tu nem sequer me bolotas,
Que triste destino o meu!
Dou-te poemas de amor
Sobre como me incendeias
Mas p’ra quê, se não bolinas?
Eu nem creio que os boleias…
Diz-me, vá, com quem bolandas
Dir-te-ie quem boldriés...
Mas comigo nunca é
A mim dás-me é com os pés...
Vou contar ao mundo inteiro
Tudo bol’tim por tintim
Maria, não me boliches,
Porque me tratas assim?
O que bolachas, Maria,
Leite quente ou água fria?”
Olá Professor Saraiva,
ResponderEliminarÉ muito natural que não creia em mim, porque o que eu vou dizer a seguir é, de facto, um pouco difícil de acreditar… Mas é a mais pura das verdades!
Chamo-me Maria Alice Alcino Magalhães Saraiva, e sou natural de Lisboa, no Texas, onde os meus pais eram empregados de mesa de um bar com música ao vivo, mas cresci em Lisboa, Portugal, onde os meus pais depois, com o dinheiro das gorjetas que ganharam no Texas, abriram um bar com música ao vivo chamado Texas. Foi assim que me tornei cantora de música country.
Ora um dos meus maiores êxitos é uma canção chamada precisamente “O que é que bolachas, Maria?”, cuja letra eu transcrevo a seguir. Não estou a dizer com isto que o Professor Saraiva tenha ido buscar à minha letra a ideia do mote para esta semana, porque tenho a certeza de que nunca ouviu a canção. Apesar de ser o meu maior êxito, de facto a canção só é conhecida no Japão, onde atingiu o nº 3 lugar na tabela de world music e creio que nunca se ouviu em nenhum outro lugar do mundo. De qualquer maneira, mesmo que tivesse ido buscar à minha cantiga inspiração para o mote desta semana, também não haveria nenhum problema, porque a lei diz claramente que “podem utilizar-se para mote de concursos literários do Momento de Poesia quaisquer excertos de poemas ou equiparados que não excedam 26 linhas”.
Agora, fica à sua consideração, Professor Saraiva, aceitar ou não a concurso a minha canção, uma vez que já foi publicada antes. É que eu gostava muito de ter um escafandro assim, sabe?
Beijinhos,
Maria A. A. M. Saraiva
Que é que bolachas, Maria?
O que é que te apetecia?
A frescura ou o calor?
Com gordura ou sem sabor?
Numa palavra, Maria,
Leite quente ou água fria?
O que galochas, Marina?
Por chuva, vento e neblina?
Onde é que pus o chapéu?
Capuz ou cabeça ao léu?
Numa palavra, Marina,
O quispo ou a gabardina?
Que é que cartolas, Marisa?
O que te caracteriza?
És mais prato ou mais travessa?
Com mais tacto ou mais depressa?
Numa palavra, Marisa,
Mangas à cava ou camisa?
Porque sereia, Marília?
Se a quer destilar, destile-a!
Melhor lombo com tomilho
Que um rombo no tombadilho
Numa palavra, Marília,
Aguardente ou chá de tília?
Ernesto Picareta é o meu nome e resolvi escrever isto.
ResponderEliminar?que é que bolachas, biscoito?...
?que é que farófias, faria?...
?que é que bolachas, triunfo?...
?que é que bolachas, maria?...
?águarrás,ou água pé?...
?aguardente?... quem diria!?...
dois pinguinhos, no café,
leite quente, ou água fria.
e esta hem? gramarem?...
Chamo-me Alberta das Nove às Cinco e sou de Gancho, Levada dos Diabos, Portugaal, com dois ás.
ResponderEliminarA poesia que mando não é minha, vinha num papel, que vinha a embrulhar um robalo, que comprei na rua, mas como -já viram a conscidência! - dava com o mote que vocês deram, aproveito p'rá mandar. Se der prémio, prometo que o dou à peixeira.
Cá vai.
que é que bolachas maria
que mote tão farináceo
que é que isolinas oh prima
que gabardinas inácio
que é que bolachas não faz
sentido que se aproveite
e depois aquela história
da água fria e do leite
vocês ás vezes, confessem
não sabem o que inventar
e lá vão buscar essas merdas
p'rá gente depois rimar
é leite quente e bolachas
numa açorda do caneco
mas isto não é poesia
é só rimar pró boneco
mas enfim não digo nada
só mais isto e já me calo
esta que mando foi roubada
de um papel que vinha a embrulhar um robalo.
se não serve manda fora
ou então dá-a a um pobre
que eu por mim vou já embora
atum tenório salsicha nobre
e pronto.