Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala.
É certo que as tradições nunca foram o que hão-de ser, mas as que são boas, pois bem, há que as conversar, perdão, conservar (como o atum, precisamente, com ou sem orelhas!), de maneira que aqui vos deixo uma imagem inspiradora a enfeitar o presente marco de correio, onde deverão depositar as vossas contribuições para esta semana de 22 a 29 de Maio, em que reza o mote, nunca é demais recordá-lo, que
É certo que as tradições nunca foram o que hão-de ser, mas as que são boas, pois bem, há que as conversar, perdão, conservar (como o atum, precisamente, com ou sem orelhas!), de maneira que aqui vos deixo uma imagem inspiradora a enfeitar o presente marco de correio, onde deverão depositar as vossas contribuições para esta semana de 22 a 29 de Maio, em que reza o mote, nunca é demais recordá-lo, que
não são as pulgas dos cães
que fazem miar os gatos
que fazem miar os gatos
Além de vos servir de inspiração, esta imagem anuncia-vos também o prémio desta semana, que é, como podem ver, uma televisão-apara-lápis da mais inovadora tecnologia japonesa.
Que tenham todos uma boa e inspirada semana são os votos deste vosso professor.
Saraiva
Anda aí uma escumalha
ResponderEliminarGente desclassificada
A gozar com quem trabalha
Uma raça condenada
Que só come e atrapalha
Arrota postas de pescada
Uma espécie de canalha
De impotência confirmada
Oh meu malhão de Sinfães
Oh Virgem dos Carrapatos
Não são as pulgas dos cães
Que fazem miar os gatos
Anda p’raí uma gente
Uns ranhosos bem falantes
Com um falar muito imponente
E uns ares muito importantes
Mas que muito francamente
Se pararmos por instantes
Percebemos facilmente
O sofisma dos moinantes
É chamar oh Guimarães
Se precisares de sapatos
Não são as pulgas dos cães
Que fazem miar os gatos
Andam p’raí deputados
Em ânsias com a Europa
Diz que nem dormem coitados
E alguns só comem sopa
Em discursos inspirados
Querem convencer a tropa
Que eles são os indicados
Dêem-lhe mesa cama e roupa
E são muitos mais que as mães
São bué de candidatos
Não são é as pulgas dos cães
Que fazem miar os gatos
E é essa circunstância
Que vem engatar isto tudo
Lá se vai a importância
A cagança e a jactância
Desses fantoches d’Entrudo
Lá se vai ela coitada
A coxear a pedir
A esmola desesperada
De um lugarzinho na bancada
Do parlamento europeu da perra que os há-de parir
Olá amigos, como já viram, hoje estou mal disposto, mas isto passa. de qualquer maneira não queria deixar de participar, que isto, é preciso é participar e dizer o que se pensa. foi assim que o meu me educou, antes de ir preso por uso de substâncias.
o meu nome é Ernesto, como o grande Ernesto, Simão, em homenagem ao heróico Simão e da Silva, porque o meu pai também era. Mesmo depois de ir preso. Fiquem bem e não se prendam . Até amanhã, camaradas.
Caro Sr. Professor,
ResponderEliminarTenho a maior honra e, confesso, alguma vergonha em concorrer ao seu concurso de poesia assente em mote, pelo que apresento os meus melhores cumprimentos e as minhas mais sinceras desculpas.
Mas enfim, um dia não são dias, de maneira que reitero, pois.
Seu
Pintaínho
Não são as pulgas dos cães
Que fazem miar os gatos
Mas esses bichos são chatos
Fazem dos gatos sapatos
Que bem prega frei João
Que além de frade é ferreiro
E fez um espeto odoroso
Todo de pau de loureiro
Se de Santos a Natal
É Inverno natural
Não é o sol que há na eira
Que faz chover no nabal!
Quem quer vai, quem não quer manda
Quem pode e manda é patrão
Mas quem manda o sapateiro
Querer tocar rabecão?
Todos querem ser Camões
Mas ninguém quer ser zarolho
Tirando em terra de cegos
Onde o rei só tem um olho
Quem tem telhados de vidro
Não se põe a apedrejar
As galinhas do vizinho
Que bem as soube engordar
Grande poeta é o povo
E a sageza popular
Vista de um ângulo novo
Nem é de se desprezar,
Porque quem dá o que tem,
A mais não é. Obrigado!
Mas são as pulgas de quem
Que fazem muar o gado?
Caro professor Saraiva,
ResponderEliminarVim parar ao seu site através de uma pesquisa que fiz à procura de fantasmas na Internet. E saiba que os há mais do que você pensa e, provavelmente, desejaria, ah ah ah ah…
Mas enfim, quando vi que, além de paradeiro de almas penadas, isto aqui era também um concurso de poesia, como até sou dado à dita já desde muito novo, resolvi concorrer, a ver se ganho o tal apara-lápis de ecrã gigante. O poema que lhe envio é de estilo romântico, mas não tem nada a ver com o Tony de Matos, isso posso eu garantir-lhe.
Melhores cumprimentos
Isto a vida, meus amigos,
É um caso muito sério!!!
Está recheada de perigos,
De suspense e de mistério…
É por isso que o Columbo
Andava sempre a dizer:
“Não sei, mas vou perguntar
O que acha a minha mulher…”
Quando a agreste ventania
Silva entre os pinheirais
E se esvai a luz do dia
E se fecham os portais
E os gatos nos telhados,
No seu lúgubre miar,
Nos auguram tristes fados
Que nem ousamos sonhar,
Uma pessoa nem sabe
Ao certo o que há-de pensar…
…E depois não tem mulher
A quem possa perguntar…
Ouçam! Passos na calçada
E um grito de mulher,
Mas esta névoa cerrada
Pouco ou nada deixa ver…
Que sinistra gargalhada
Corta a noite, de repente,
Como uma faca afiada!!!...
…E arrepia-se a gente
E os gatos continuam
Aquele coro agoirento…
E silvando nos pinheiros
Insiste, sinistro, o vento…
Meu Deus, que se passa aqui?
Mas que crime tenebroso
Estará a ser cometido?
Ouve: não fiques nervoso,
Não te deixes invadir,
P’lo terror, pela ansiedade,
Mantém a calma, rapaz,
E a racionalidade.
Pelo menos isto é certo
(Vá lá, sejamos sensatos!):
Não são as pulgas dos cães
Que fazem miar os gatos.