Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
CUSCUVILHAI! CUSCUVILHAI!... QUE NESTE BLOG QUASE TUDO SE PASSA NOS COMENTÁRIOS!
Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.

Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...

Até lá, que deus vos cubra!

aqui há gato - com pulgas de cão

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala.

É certo que as tradições nunca foram o que hão-de ser, mas as que são boas, pois bem, há que as conversar, perdão, conservar (como o atum, precisamente, com ou sem orelhas!), de maneira que aqui vos deixo uma imagem inspiradora a enfeitar o presente marco de correio, onde deverão depositar as vossas contribuições para esta semana de 22 a 29 de Maio, em que reza o mote, nunca é demais recordá-lo, que

não são as pulgas dos cães
que fazem miar os gatos

Além de vos servir de inspiração, esta imagem anuncia-vos também o prémio desta semana, que é, como podem ver, uma televisão-apara-lápis da mais inovadora tecnologia japonesa.

Que tenham todos uma boa e inspirada semana são os votos deste vosso professor.

Saraiva

3 comentários:

  1. Ernesto Simão da Silvasegunda-feira, 25 maio, 2009

    Anda aí uma escumalha
    Gente desclassificada
    A gozar com quem trabalha
    Uma raça condenada
    Que só come e atrapalha
    Arrota postas de pescada
    Uma espécie de canalha
    De impotência confirmada
    Oh meu malhão de Sinfães
    Oh Virgem dos Carrapatos
    Não são as pulgas dos cães
    Que fazem miar os gatos

    Anda p’raí uma gente
    Uns ranhosos bem falantes
    Com um falar muito imponente
    E uns ares muito importantes
    Mas que muito francamente
    Se pararmos por instantes
    Percebemos facilmente
    O sofisma dos moinantes
    É chamar oh Guimarães
    Se precisares de sapatos
    Não são as pulgas dos cães
    Que fazem miar os gatos

    Andam p’raí deputados
    Em ânsias com a Europa
    Diz que nem dormem coitados
    E alguns só comem sopa
    Em discursos inspirados
    Querem convencer a tropa
    Que eles são os indicados
    Dêem-lhe mesa cama e roupa
    E são muitos mais que as mães
    São bué de candidatos
    Não são é as pulgas dos cães
    Que fazem miar os gatos

    E é essa circunstância
    Que vem engatar isto tudo
    Lá se vai a importância
    A cagança e a jactância
    Desses fantoches d’Entrudo

    Lá se vai ela coitada
    A coxear a pedir
    A esmola desesperada
    De um lugarzinho na bancada
    Do parlamento europeu da perra que os há-de parir


    Olá amigos, como já viram, hoje estou mal disposto, mas isto passa. de qualquer maneira não queria deixar de participar, que isto, é preciso é participar e dizer o que se pensa. foi assim que o meu me educou, antes de ir preso por uso de substâncias.
    o meu nome é Ernesto, como o grande Ernesto, Simão, em homenagem ao heróico Simão e da Silva, porque o meu pai também era. Mesmo depois de ir preso. Fiquem bem e não se prendam . Até amanhã, camaradas.

    ResponderEliminar
  2. Agosto Pintaínho, Lugar d’Hortaliça, Freguesia do Lugar, Concelho de Tambémquarta-feira, 27 maio, 2009

    Caro Sr. Professor,

    Tenho a maior honra e, confesso, alguma vergonha em concorrer ao seu concurso de poesia assente em mote, pelo que apresento os meus melhores cumprimentos e as minhas mais sinceras desculpas.

    Mas enfim, um dia não são dias, de maneira que reitero, pois.

    Seu

    Pintaínho

    Não são as pulgas dos cães
    Que fazem miar os gatos
    Mas esses bichos são chatos
    Fazem dos gatos sapatos

    Que bem prega frei João
    Que além de frade é ferreiro
    E fez um espeto odoroso
    Todo de pau de loureiro

    Se de Santos a Natal
    É Inverno natural
    Não é o sol que há na eira
    Que faz chover no nabal!

    Quem quer vai, quem não quer manda
    Quem pode e manda é patrão
    Mas quem manda o sapateiro
    Querer tocar rabecão?

    Todos querem ser Camões
    Mas ninguém quer ser zarolho
    Tirando em terra de cegos
    Onde o rei só tem um olho

    Quem tem telhados de vidro
    Não se põe a apedrejar
    As galinhas do vizinho
    Que bem as soube engordar

    Grande poeta é o povo
    E a sageza popular
    Vista de um ângulo novo
    Nem é de se desprezar,

    Porque quem dá o que tem,
    A mais não é. Obrigado!
    Mas são as pulgas de quem
    Que fazem muar o gado?

    ResponderEliminar
  3. Edgar Matassete, Olival dos Carvalhais, A-dos-Figos, Arvoredoquarta-feira, 27 maio, 2009

    Caro professor Saraiva,

    Vim parar ao seu site através de uma pesquisa que fiz à procura de fantasmas na Internet. E saiba que os há mais do que você pensa e, provavelmente, desejaria, ah ah ah ah…

    Mas enfim, quando vi que, além de paradeiro de almas penadas, isto aqui era também um concurso de poesia, como até sou dado à dita já desde muito novo, resolvi concorrer, a ver se ganho o tal apara-lápis de ecrã gigante. O poema que lhe envio é de estilo romântico, mas não tem nada a ver com o Tony de Matos, isso posso eu garantir-lhe.

    Melhores cumprimentos

    Isto a vida, meus amigos,
    É um caso muito sério!!!
    Está recheada de perigos,
    De suspense e de mistério…
    É por isso que o Columbo
    Andava sempre a dizer:
    “Não sei, mas vou perguntar
    O que acha a minha mulher…”

    Quando a agreste ventania
    Silva entre os pinheirais
    E se esvai a luz do dia
    E se fecham os portais
    E os gatos nos telhados,
    No seu lúgubre miar,
    Nos auguram tristes fados
    Que nem ousamos sonhar,
    Uma pessoa nem sabe
    Ao certo o que há-de pensar…
    …E depois não tem mulher
    A quem possa perguntar…

    Ouçam! Passos na calçada
    E um grito de mulher,
    Mas esta névoa cerrada
    Pouco ou nada deixa ver…
    Que sinistra gargalhada
    Corta a noite, de repente,
    Como uma faca afiada!!!...
    …E arrepia-se a gente
    E os gatos continuam
    Aquele coro agoirento…
    E silvando nos pinheiros
    Insiste, sinistro, o vento…

    Meu Deus, que se passa aqui?
    Mas que crime tenebroso
    Estará a ser cometido?
    Ouve: não fiques nervoso,
    Não te deixes invadir,
    P’lo terror, pela ansiedade,
    Mantém a calma, rapaz,
    E a racionalidade.

    Pelo menos isto é certo
    (Vá lá, sejamos sensatos!):
    Não são as pulgas dos cães
    Que fazem miar os gatos.

    ResponderEliminar