Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
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Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.

Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...

Até lá, que deus vos cubra!

pequena colaboração para vos dar inspiração

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pequena colaboração para vos inspirar sobre o tema desta semana

9 comentários:

  1. pois sim meus meninos, não penseis agora que, lá pelo professor vos ter aqui deixado esta bonecada em pelota, que este blog se vai tornar no cabaret d'Alice!... que eu sou uma pessoa séria e taxativa, se bem que sensível e honesta. por isso, atinai, se não quereis provar as de Vila Diogo.

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  2. Olá amigos! É com muito prazer que envio a minha colaboração para este Momento de Poesia, onde cheguei por feliz acaso e reparei com admirável espanto, que afinal, por auspiciosa fortuna, já existe, para júbilo de nossas almas, um espaço, de iluminada liberdade, onde todos podem, oh alegria dos anjos!, libertar a voz que lhes sai das costas, como asas ansiosas de céu e infinito. arre porra, que até a mim me custou. vou beber água.

    e pronto, amigo e professor Saraiva, não lhe tomo mais tempo. tome lá, antes assim, o senhor, o poema que escrevi ontem.


    Par'ciam vivos como um alho
    e afinal eram uns bananas
    uns cabeças d'alho chocho
    com a verdade m'enganas

    pediste-me só 15 dias
    e já lá vão 3 semanas
    mais vale esp'rar sentado
    com a verdade m'enganas

    vem nos velhos pergaminhos
    com a verdade m'enganas
    quanto mais cara d'anjinhos
    mais refinad' os sacanas


    e hoje fico por aqui. boa tarde e boa continuação
    Rudolfo Pero Mofo, Aldeia Podre, Rafeiros

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  3. este pero mofo é mais um nabo saloio do que nêspera de odivelas. rima bem mas não me alberga o sentido do rifão. mais artolas do que artista, este rudolfo de rafeiros.

    Orlando, o Furioso

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  4. Amigo Orlando,

    se não gosta da fruta, coma menos, mas saiba que isto aqui é um blog de respeito, onde o vitupério não entra, sobretudo de Verão (aqui não entra sobretudo de Verão!), de maneira que lhe peço encarecidamente que não se alargue no maldizer, senão vejo-me obrigado a moderar os comentários e depois quem quiser intervir tem de se inscrever primeiro e deixa de haver diálogo na assembleia! Começa-se, sim?, do verbo comedir…

    Seu professor,

    Alcino Magalhães Saraiva

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  5. Olá professor Alcino, também queria colaborar no seu blog, que eu acho que está uma maravilha, sinceramente, de maneira que deixo-lhe então aqui um poema, se não se importar, subordinado ao tema desta semana. Eu, por acaso, até acho que o poema está engraçado, agora não sei o que é que o professor Alcino acha. Mas, pronto, aqui fica e adeuzinho, sim?

    “Com a Verdade m’enganas!”,
    Vei’ dizer-me a Impostura.
    “Com a Verdade? Santo Deus”
    Disse-lhe eu, “Tanta loucura!”
    “Sim, senhor, com a Verdade
    Ou tu julgas qu’eu não sei?”
    “Tu sabes? Sabes que mentes,
    Porque eu nunca te enganei!”
    “Olha bem p’ra mim nos olhos,
    Não desvies o olhar:
    Juras que não é verdade
    Que me andas a enganar?”
    “Co’ a Verdade? Nem conheço…
    Menina, tem piedade!”
    “Não me estarás a mentir?”
    “Estou a dizer-te a verdade!”
    “Pois, eu sei, és-lhe fiel,
    É isso que tenho estado
    A dizer – que é com ela
    Que me enganas, meu safado!”

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  6. Alzira Aleixo, de Fanzeres do Rio, Lápra Cimadomingo, 29 março, 2009

    Com a verdade m'enganas
    tremuras do meu coração
    torradinhas com manteiga
    por cima café limão

    com a verdade m'enganas
    meu grande pantomineiro
    fazem muita comichão
    formigas no açucareiro

    com a verdade m'enganas
    meu pequeno salafrário
    descalça-m'essas tamancas
    que calçastes-as ao contrário

    com a verdade m'enganas
    me confundes me embaralhas
    barafundes embaranas
    enganundes e enfaralhas

    com a verdade m'enganas
    mas por baixo da peruca
    essa caudinha que abanas
    ainda é prima do anhuca

    Alzira Aleixo, Fanzeres do Rio

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  7. Augusto Fécula , de Arquivo Morto, distrito Fácildomingo, 29 março, 2009

    com desprezo me atormentas
    com crueldade me esganas
    com carinho me alimentas
    com a verdade me enganas

    já não sei, maria augusta,
    como é que hei-de interpretar
    essa tão estranha maneira
    que tu tens de te portar

    já não sei maria augusta
    p'ra te dizer com franqueza
    e eu sei que a verdade assusta

    assusta, mas não caduca
    e tu, não tenho a certeza
    mas acho que estás maluca.

    A. Fécula

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  8. João Maria José, da Pampilhosa da Sédomingo, 29 março, 2009

    Caro professor Magalhães Alcines de Saraiva, é com toda a honra e não sem uma posta de fastio que venho aqui deixar à sua colaboração esta minha modesta consideração ou antes vice-versa.

    Aproveito também para dar fé de erratas, como dizem nuestros hermanos, assinalando desde já que onde se lê posta de fastio deve ler-se ou ponta de fastio ou posta de safio, isso fica ao critério de cada um.

    100+ e atenciosamente,

    João Maria José, da Pampilhosa da Sé,


    Com arroz, tomate ou grelos;
    Com 7 irmãos, 7 manas;
    Com amores, sempre desvelos;
    Com as ilhas, Marianas;
    Se é marau, é já c’um pau,
    Com licença e com que ganas;
    Com gravanços, bacalhau,
    Sejam caras ou badanas;
    Com as ameixas, caroços,
    Mas sem grainhas, sultanas;
    C’uma imperial, tremoços,
    Com três minis, três bifanas;
    Com açúcar, com afecto;
    Com nove e meia semanas:
    Contas p’r’amandar p’rò tecto,
    Com a verdade m’enganas…

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  9. Amiga Alzira, amigo Augusto, acuso a recepção das vossas colaborações e admito que, para o efeito, os elementos de identificação que fornecestes são bastante e estão conforme o que se pede, no regulamento em uso nesta vossa casa, mas não posso deixar de manifestar a minha estupefacção e quase desagrado, pela forma tão quase impessoal, como o haveis feito... É que, um bom dia também se cá gasta e não custa muito, raios! Não é que tenha ficado particularmente zangado, mas, também vos digo, se isto fosse um concurso a sério, com prémios e tudo, esta semana leváveis um balde de esterco!
    bom dia e bem hajam.

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