Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
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Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.

Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...

Até lá, que deus vos cubra!

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! Pois é verdade, estava aqui a arrumar umas caixas e dei com esta fotografia que acordou em mim o acordeão da saudade. Podeis não acreditar, mas o jovem que vedes na imagem é nem mais nem menos do que este vosso amigo, que vos fala agora, passados tantos anos, que já nem me lembro quantos... A fotografia foi tirada naquela simpática estação de rádio onde tive o prazer e a honra de trabalhar com o meu querido e igualmente saudoso amigo Manel José, que foi, aliás, quem tirou a fotografia, que eu até nem costumava ser quem punha os discos a tocar. Era ele, que já vinha habituado a trabalhar com máquinas, lá na serração da pedra. Eu aqui estou só a fingir, para a fotografia. Enfim, loucuras de juventude!

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