a trote do mote
dichote fracote
dizia o filho p'rà mãe...
quem é vivo sempre aparece
sendo que o mote porém
como sabeis não é esse...
zé agasalha-te bem
olha que à noute arrefece
Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
CUSCUVILHAI! CUSCUVILHAI!... QUE NESTE BLOG QUASE TUDO SE PASSA NOS COMENTÁRIOS!
Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece
Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.
Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...
Até lá, que deus vos cubra!
Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.
Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...
Até lá, que deus vos cubra!
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Xispa-te Zé Carlos, que os gajos são feios à brava. Até assusta! Também não sei se era aqui, mas vai já aqui mesmo. Olá, o meu nome é Jirubásio Carica de Sá e sou da Sé. A poesia lá vai jirubásio.
ResponderEliminaroh ambíguas criaturas
porque choram os morcegos?
porque fritam as farturas?
porque tropecam os cegos?
oh funestas e sinistras
porque piam as galinhas
se não chegam a ministras
nem com salvé rainhas?
oh vagamente confusas
sombras que se imiscuem
por entre as luzes difusas
das luzes que as descompõem
oh sombra do meu nariz
oh caixa do meu rapé
benfica no calhariz
que tens eléctrico ao pé
as bruxas porque salém
porque vão em desalinho
se é p'ra ir p'ra santarém
era pelo outro caminho
oh frasco do meu xarope
oh tosse do meu catarro
cavalo do meu galope
oh cinza do meu cigarro
oh lopes empresta o lápis
oh ilda apaga a luz
e aqui, também te digo que p'ra arranjar uma merda que rimasse com lápis, sem ser lápis...
arranhei-me todo, pior que subir dez andares com um piano ás costas, ou então como o outro com aquela cena da cruz!
oh zé tu agasalha-te mas é bem
qu'isto á noute arrefece muuuuito.
fiquem bem e agasalhar-se
Muito obrigado!
ResponderEliminarVim atrás do meu amigo Jirubásio e vim bem. Aliás, o Jirubásio leva-me sempre por bons caminhos.
Aqui deixo a minha colaboração. Chamo-me Jerutúlio da Silva Júlio, e também sou da Sé, moro mesmo ao lado do Jirubásio.
Dedicado ao meu grande amigo Jirubásio Carica de Sá
As palavras, meu amigo, são lixadas
Bem que lixam quem as quer fazer rimar
Rimas fáceis, só mesmo aquelas chachadas
Das que são em -ão, em -adas ou em -ar
E há algumas que, quando elas se imiscuem
Num poema, certo é que o descompõem.
É prendê-las, não deixar que elas actuem,
Dar-lhes logo co’a marreta, boing, boing, boing!
A pior das que conheço, ó Jirubásio,
É a que você já sabe… É isso, é – lápis.
Essa só em lhe espetando c’um balázio
E a dando em oferenda ao touro Ápis.
Já agora, descobri no outro dia,
Foi ali p’r’aqueles lados de Pontével
Que um vinho que lá tem a minha tia
Deixa nódoa, quando cai, que é indelével.
Pois, a falta de uma rima só a quem
Não faz poemas nunca lhe acontece.
E portanto, agasalha-te, ó Zé, bem
Porque à noute dizem eles que arrefece…
Respeitos e considerações, meu nome é Empodendo Vou Pensar Nisso Mais Logo e resido em Castelo de Pevide, concelho de Cascas. A poesia, que compus e envio, dedico-a à saudosa memória do nosso querido académico e defunto Alberto Scheinswitzer, com quem tive, aliás, a honra e o privilégio de privar, certa vez, de passagem, numa paragem de táxis, em Viena e se chovia...
ResponderEliminarOra, a poesia cá vai, com sua licença.
zé agasalha-te bem
olha que à noite arrefece
e o menino de sua mãe
malhas que o império tece
não foi assim que lerpou
mas podia bem ter sido
foi de um tiro que levou
que lhe saíu por um ouvido
caíu de costas no chão
coisa triste de se ver
e sem mexer um tendão
ali ficou a arrefecer
zé agasalha-te bem
que mais vale prevenir
o menino de sua mãe
também não a quis ouvir
e vê lá tu no que deu
achas que a ti te apetece
se não tens casaco leva o meu
olha que à noite arrefece
Reiterados respeitos e considerações, pelo obséquio e boas perspectivas para todos seus.
Na circunstância,
Empodendo
Senhor Professor,
ResponderEliminarA coisa mais bem feitinha que você fez ainda foi pôr “Zé, agasalha-te bem” em vez de “Maria, agasalha-te bem” no mote desta semana. Eu sei que foi só por causa da métrica, mas ainda bem. E aqui vai então um agasalhozinho para o meu Zé, que está mesmo a precisar!
Melhores cumprimentos
Maria Brita
Zé, agasalha-te bem,
olha que à noute arrefece
e ós despois não há quem
te ature, qu’eu não me esquece
duma vez que t’engripaste
e tiveste qu’ir à cama
o que tu me chateaste
durante toda a semana,
era café, era chá
era tudo a toda a hora,
e tinha que ser p’ra já
quando não era p’r’agora
e gemias e gritavas,
parecia qu’ias morrer,
chiça, que não me largavas
e eu com tanto p’ra fazer:
tinha os cães para tratar,
os ovos para apanhar,
um galo para matar,
p’ra se comer ao jantar,
isto em ar e sempre a andar,
e roupa para lavar,
e mais roupa p’ra secar,
as couves para regar,
e mais o pó p’ra limpar,
isto em ar, a acelarar,
os cães p’ra dar de comer,
uma sopa p’ra fazer,
uma roupa p’ra coser,
a casa para varrer,
isto em er, sempre a correr,
tinha as vacas p’ra mugir,
isto em ir, e sempre a abrir,
e em or nada p’r’aqui pôr,
mas vejam lá o senhor,
doentinho, na caminha,
no quentinho, quietinho,
doía-lhe a cabecinha,
que lhe levasse um caldinho,
o que tu és, grande sonso,
é um grande mandrião,
e um grande marinconço,
como os homens sempre são,
que te ature a tua mãe,
que eu a mim não me apetece,
Zé, agasalha-te bem,
olha que à noute arrefece!!!