Olá amigos e etc, etc, uma vez mais...
Deixo-vos agora esta fotografia, como inspiração para o mote desta semana.
Esta fotografia tem uma história! Quem vedes, em pose sensual e vigorosa, encostado ao balcão, sou eu próprio, aqui há uns anos, quando participei num western, a convite do meu amigo Fritz Lopes.
Nesta cena, eu esperava pelo empregado para lhe pedir uma sandes de leitão sem manteiga e uma água do Vidago.
Na cena seguinte, haveria de proferir a única fala que me foi atribuída na fita e que terminava com esta frase enigmática, que dizia enfrentando o empregado, enquanto a câmara fechava o plano sobre o meu rosto hermético: "E se não houver manteiga, pode ser sem margarina!"
Aqui, as luzes baixavam, o empregado baixava-se, eu baixava-me e acabava o filme.
Deixo-vos agora esta fotografia, como inspiração para o mote desta semana.
Esta fotografia tem uma história! Quem vedes, em pose sensual e vigorosa, encostado ao balcão, sou eu próprio, aqui há uns anos, quando participei num western, a convite do meu amigo Fritz Lopes.
Nesta cena, eu esperava pelo empregado para lhe pedir uma sandes de leitão sem manteiga e uma água do Vidago.
Na cena seguinte, haveria de proferir a única fala que me foi atribuída na fita e que terminava com esta frase enigmática, que dizia enfrentando o empregado, enquanto a câmara fechava o plano sobre o meu rosto hermético: "E se não houver manteiga, pode ser sem margarina!"
Aqui, as luzes baixavam, o empregado baixava-se, eu baixava-me e acabava o filme.
Até uma próxima oportunidade, atenciosamente.
ResponderEliminarTenho o mesmo nome do meu pai, Patrício Filho, e sou natural das Berlengas, onde nasci.
O poema que envio tem muita psicologia.
Olá, Sr. Professor!
Tudo não se pode qu’rer
E ademais, se mais se quer
Tanto mais se há-de perder!,
E então, p’ra mim… pode ser,
Espera, eu vou-te já dizer...
Para quem sabe o que quer,
Pode ser, sim, pode ser...
Aquilo que Deus quiser.
Porque aquilo que vier
É o que aqui há-de morrer!
Não havendo atum em posta
Também pode ser sangacho,
Bom petisco p’ra quem gosta
P’lo menos é o que eu acho...
Se não houver do especial,
Pode o tinto ser do lote,
Tanto me faz, mal por mal,
E é mais barato o calote,
E não sendo o bife acém,*
Pá, nem que seja da pá...
Não há comboi' p’rò Cacém,
Vou só até Massamá.
Se faltar o bacalhau,
Vou-me às batatas a murro,
E quanto ao arroz, tchau tchau!,
Que o esturgido cheira a esturro!
P’ra que há-de ser a gente
Exigente, se exigir
Tanto exige ao exigente
P’ra tão pouco se auferir?**
Sobre a sandes do almoço
P'ra comer ao meio-dia,
Bom, mentir também não posso:
Sim senhor, eu preferia
Sem a gordura mais meiga,
cremosa, dourada e fina,
Mas se não houver manteiga,
Pode ser sem margarina
* Verso alternativo: E não sendo o bife a 100,
** Verso alternativo: P’ra tão pouco se… au!... ferir?
Bom dia, Sr. Professor,
ResponderEliminarSou uma antiga ouvinte do saudoso programa radiofónico “Despertar do Alpinistas” da saudosa Telefonia de Lisboa, onde tinha a sua saudosa rubrica “Momento de Poesia”, e confesso que fiquei agradavelmente surpreendida ao descobrir agora aqui esta reedição bastante blógica dessa maravilhosa pataca radiofónica que abrilhantava as nossas matinés de dimanche, uma hora para cá, outra hora para lá, e porque tira e porque deixa, de maneira que decidi colaborar o melhor que posso e sei e o melhor que posso e sei tem a forma deste poema em três partes isósceles que dedico à memória do grande homem de letras que foi Alberto Scheinswitzer, o inventor do “Às vezes nunca se sabe”, e é por ser dedicado assim a uma pessoa dessa craveira que o poema tem um salpicos em francês.
Sem mais de momento, desejando-lhe desde já as melhores felicidades atenciosamente,
Anónima do Caxedré, também conhecida por Júlia Felorista, mas é alcunha
I
Ou é ou foi: on ne peut
pas être et avoir été!,
a não ser que tenha sido
alguém o que ainda é…
Comprar manteiga ou ficar
c’o dinheiro – há que escolher!
Le beurre et l’argent du beurre,
isso é que não pode ser!
II:
Não se pode ter na eira
sol, e chuva no nabal,
a não ser um pela Páscoa
e a outra p’lo Natal.
(Ou então que entre os dois
a distância seja tal
que fique o nabal em Ceira
e a eira no Bombarral…)
III
E se não houver manteiga
Nem dinheiro p’rà comprar?
Se o sol assolar a veiga
E a chuvinha nos faltar?
Se se resseca o caneco
E evapora a vitamina?
Venha seco o papo-seco
– Pode ser sem margarina!
Olá amigos e professor Saraiva e menina Alice e restantes funcionários. Chamo-me Apreensivo Lopes e moro em Angústias Velhas, Tàsquinado. A poesia que envio é toda em verso, espero que gostem. Obrigado e bem hajam até sempre.
ResponderEliminarE quando a hora chegar
De eu me ir de este mundo
Se não for exagerar
Quero pedir mais um segundo
E se me for concedida
Uma tal graça porreiro
Quero o segundo em seguida
Que este foi só o primeiro
E nesse segundo garanto
Não vou ser muito exigente
Se não houver tempo p’ra tanto
Com o que houver fico contente
Não hei-de regatear
Nem vou ficar mal disposto
Se começar a nevar
E estivermos em Agosto
Nem hei-de fazer escarcéu
Se um golpe de vento frio
Me atirar com o chapéu
Ao charco para o meio do rio
Não digo mal de ninguém
Nem da casa ou do serviço
Nem nomes à tua mãe
Não senhora, nada disso
Se não houver luz da vela
Nem sebo para o pavio
Vemos a telenovela
Na Internet sem fio
Se não houver já o amor
Haja ao menos um carinho
Água fresca para o calor
A alma aquece-a o bom vinho
Ao menos a frase meiga
Que ilude a hora assassina
E se não houver manteiga
Pode ser sem margarina
Olá eu sou Ridícula Heussei Jaouvi e Basta e moro numa vivenda de rés do chão e sótão, nas margens do Reno.
ResponderEliminarMando esta poesia, como podia não o fazer, mas faço e essa é a grande alegria e prémio que persigo e busco.
Deixo à vossa consideração o encargo do ónus, que tudo o que vier é bónus.
... ... ... ... ...
a sagrada clavícula
de uma santa ridícula
um osso sem carne
já por aqui passou
já foi celebrado
em rimas cantado
e até deu um prémio
que alguém levantou
e mais coisas estranhas
manhosas patranhas
rimas rebuscadas
valentes cagadas
motes rebuscados
temas arrevesados
ideias fatelas
valentes pielas
já nos habituaram
aos maiores desafios
e à força levaram
a vários desvarios
foi pulgas e bacalhau
partes gagas e água fria
orelhas de carapau
mais a prima da tua tia
agora chegou ao fim
nem sequer para o disparate
conseguem nem mesmo assim
manter do mote o quilate
quereis então que glosemos
essa não coisa no pão
o mote quereis que o barremos
em gordurosa intenção
de forma rimada e meiga
com uma faca pequenina
e se não houver manteiga
pode ser sem margarina.
... ... ...
Agradecida e até um dia.
Sandes de leitão..
ResponderEliminarMas tem de ser com pão?
E… a manteiga de fora????
Não pode... ficar a flora?!!!!
Eu voto na sandes de leitão
Com manteiga mas sem pão!!
Eu não tenho muito jeito para isto, mas vamos lá então...
ResponderEliminare se não houver manteiga
pode ser sem margarina
e se não houver maleita
pode dizer-se está fina
e se o cão diz que não se deita
dá-lhe com uma varinha fininha
e se a traça come a colcha
dá-lhe com a naftalina
e se não couber na caixa
arranja uma maiorzinha
e se o mar bate na rocha
antes isso que ao contrário
e se a minha avó não morresse
ainda hoje era viva
e se a porca torce o rabo
o parafuso é que enrosca
e se vais andar de barco
avia-te primeiro em terra
e se não se importam muito
eu ficava-me por aqui
Chamo-me Ermelinda, mas é mentira, que o meu nome é Carlos. Aquele, do outro dia, o da camisola...
Sou uma senhora de origem húngara, mas radicada em Portugal já há muuuito tempo… Tenho já uma certa idade, mas ainda aqui estou para as curvas, como se pode ver pelo poema que vos envio, e isso deve-se não só à robustez do meu património genético, mas também, e muito, à alimentação regrada que sempre tenho levado. Aproveito esta oportunidade para deixar aqui uma mensagem que talvez possa interessar alguma criatura do sexo masculino:
ResponderEliminarSenhora (eu) já de certa idade, mas ainda com curvas e para elas, de robusto património genético, procura, para fins de amizade e talvez até mesmo muito mais, cavalheiro de idade, património genético e interesses compatíveis com os seus (meus): passeios na natureza, filosofia oriental, comida saudável, passarinhos e senhores de robusto património genético. Enviar resposta para aqui mesmo.
Muito obrigado por esta oportunidade, e até uma próxima
Comam bem
Ágnes Keletika, Carcavelos
Vou dar-vos uma receita:
Enchidos, não nos comais,
Que pouco vos aproveita;
Comei antes vegetais,
Frutos secos, queijo Feta,
Só produtos naturais,
E integrai na dieta
Arroz e pão integrais,
E comei fruta, isso sim,
E em grande quantidade,
Que vos dá, ide por mim,
Saúde e longevidade.
Deixai de lado a gordura,
E a carne, se a comeis,
Não a façais em fritura,
Melhor é que a grelheis.
Sobretudo, comei sem
Qualquer gordura animal,
Que só não vos fará bem,
Como até faz muito mal!
Crede, pois, no que esta leiga
Tão doutoralmente ensina,
E, se não houver manteiga,
Pode ser sem margarina.
Sempre achei que o que é pequenininho é mais engraçadinho, por isso vos envio um poema muito pequenininho, em que resumo um dos princípios filosóficos que tem orientado a minha vida.
ResponderEliminarMuitos cumprimentos ao Professor Saraiva, à menina Alice e a todos os leitores do Momento de Poesia.
Comam o pão sem manteiga,
A gordura mais maligna
E se não houver manteiga
Pode ser sem margarigna
Maria Margarigda Vieigas, de Manteigas, Distrito da Guarda