Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
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Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece

Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.

Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...

Até lá, que deus vos cubra!

saudemos todos e à uma a prima Vera e o Dia Mundial da Poesia !


Vénus, lá ao fundo, mergulhando nas águas

4 comentários:

  1. Mas diga-me, Mr. Professor, ainda estamos dentro do prazo de validade em relação ao concurso?

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  2. Presumo que a minha cara amiga queira perguntar se ainda se mantém o primeiro mote, é isso? É, não é? Pois, eu bem me parecia... Porque, bem vê, concurso aqui há sempre, o que vai mudando é o mote. Mas veja aí em cima: o mote só muda a 25, de maneira que esteja à sua vontade. A validade ainda está dentro de prazo.

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  3. Aqui vai então, Mr. Professor:

    Nocturno para Maria Albertina

    Sonho moliceiros* no Hudson
    Sonho John Wayne de barrete verde,
    Pampilho* ao alto, corpo erguido no selim,
    A assobiar baixinho os blues (1) de Carlos Ramos,
    Esses seus blues tão nossos de todos nós…

    Sonho que é verde e soalheira Primavera
    Este frio desgraçado de Januário*…
    Sonho que a zurrapa de bourbon (2) que beberico
    é bagaço* ou é medronho* ou jeropiga*…

    Sonho que é feijoada*
    o pork and beans,
    porque assim
    feijão só e entrecosto*,
    (damn*!, nem umas tripinhas, nem uma rodelinha* de chouriço…)
    não aconchega a barriga…

    Emmy Grant, de Nova Jérsia, traduzido do original em inglês por Ella Mesmo

    Notas da tradutora:
    ! as palavras marcadas com* apareciam já em português no original
    (1) No original, “fado”.
    (2) No original, “whiskey”.

    Best regards
    Emmy

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  4. Antes de mais, professor Saraiva, permita-me uma pequena correcção à legenda da imagem que o professor escolheu para saudar a prima Vera e o Dia Mundial da Poesia. Trata-se, de facto, da famosa aguarela hiper-realista de Jerónimo Martins, "Ícaro, lá ao fundo, saindo do banho e a caminho das nuvens" e não "Vénus, lá ao fundo, mergulhando nas águas", esta, do não menos famoso Amílcar Azevedo...

    seguidamente, tomo a liberdade também de enviar a minha colaboração, subordinada ao tema em epígrafe.

    Vou comprar umas galochas,
    p'rà quinta feira da espiga.
    joaninhas são carochas,
    como o cansaço, fadiga.
    e quando o mar bate nas rochas...
    é conhecida a cantiga:
    as ceroulas, que me deste,
    não me aconchega a barriga!

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