Faleceu Alberto Scheinswitzer. Parece impossível, mas é verdade. Um rapaz tão novo, quase 20 anos mais novo do que eu, 899 anos mais novo do que Matusalém à idade da sua morte, e vede: eis que assim se vai e nem água vai.
Alberto Scheinswitzer era um homem extraordinário. Extraordinário! De facto, era de uma ordinarice redobrada, suplementar… Mas era boa pessoa, ainda assim… Como todos os grandes safardanas que há neste mundo, que são boas pessoas… ainda assim. Era, sobretudo, um homem de uma inteligência enorme e com uma gama de conhecimentos ainda maior, de maneira que havia muitas coisas que ele sabia sem as compreender, mas isso nunca o impediu de botar figura. Bem pelo contrário, Alberto Scheinswitzer, que até se atrapalhava um bocadinho quando tinha que discorrer sobre algum assunto de que, enfim, sabia alguma coisita, era sempre firme, inabalável até, quando falava de coisas de que não percebia a ponta dum chavelho. Nesse sentido, ele era, sem dúvida, feito da consistente massa de que são feitos se não os grandes homens pelo menos os grandes aldrabões. Alberto Scheinswitzer!...
Alberto Scheinswitzer deixa atrás de si uma obra ímpar: 1 livro (que, mesmo esse, nunca chegou a acabar…). Isto é o que deixa atrás de si. À sua frente, porém, deixa os milhares de volumes que constituíam a sua alexandrina biblioteca, volumes esses que observava todas a noites, após o jantar e enquanto saboreava a sua imprescindível bagaceira, em embevecido silêncio, prometendo-se a si próprio que algum dia os leria. E tê-lo-ia feito, estou disso seguro, se a morte, macaca, o não tivesse vindo furtar prematuramente à companhia dos vivos.
Alberto Scheinswitzer, nunca te esqueceremos. Não sei porque te estou agora a tratar por tu, se toda a vida te tratei por você, mas parece que fica mal tratar por você um defunto, de maneira que ficarás, tu, irmão, amigo, sempre entre nós, até nos juntarmos nós a ti, no eterno repouso que tanta falta nos faz a todos para nos recompormos das canseiras desta vida…
Alberto Scheinswitzer, não te direi adeus, porque de gente como tu nunca se vai de vez a companhia, apenas se a adia até um dia, um dia de que, espero eu, não seja a véspera o dia de hoje, foge!...
Alcino Magalhães Saraiva, Professor Doutor
Vem, a Poesia, eu vos conto, rastejando por entre o lixo, como um gato à procura de qualquer coisa...
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Isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece
Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.
Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...
Até lá, que deus vos cubra!
Olá amigos, é o professor Saraiva quem vos fala! E, à primeira vista, isto pode parecer um concurso e é, de facto, com o que mais se parece, pelo menos, à primeira vista, no entanto, seria mais correcto compará-lo com outra coisa qualquer. Como de momento não me lembro o quê, chamemos-lhe um ponto de encontro de almas sensíveis e mentes abertas ao apelo da grande Arte Poética.
Ora, num contexto destes, pensar-se em prémios e gratificações é de uma mesquinhez inqualificável, de merdosa. Haveria de servir-vos de consolação e júbilo o serdes publicados neste espaço de tão requintado gosto e exigente gabarito, mas, já andamos nisto há muito tempo e sabemos do que a casa gasta, por isso é bem provável que vos ofereçamos uma qualquer lembrança, ou singelo regalo, como prémio e distinção...
Até lá, que deus vos cubra!
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Ficarei eu sempre entre vós? Não me dirás adeus, Saraiva, porque de gente como eu nunca se vai de vez a companhia?
ResponderEliminarAH AH AH AH AH AH AH AH AH AH!!!
AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH!!!
Ó porfessor Saraiva, você nem calcula como eu fiquei quando soube que o Scheinswitzer tinha patinado. Eu sei que isto de um gajo morrer, pronto, é a vida, mas, mesmo assim, uma pessoa até parece que fica nem sei como. Coitado do homem… Mas também olhe, mais vale morrer assim de repente do que andar aí a morrer às prestações, como há para aí tanta gente…
ResponderEliminarAgora, isso de ele agora depois de morto aparecer a escrever mensagens do além, isso é que eu não acredito, o que é que você quer? A minha patroa é que é muito dessas coisas, está sempre com espíritos e almas do outro mundo, mas eu não acredito nessas coisas, isso é tudo conversa de gente que não aguenta a bebida, ó porfessor, porque se houvesse mesmo fantasmas, pelo menos ou o Goucha ou a Teresa Guilherme já haviam de ter levado algum à televisão, você não acha?
Aquilo é um háquer, você não vê, porfessor? Os háqueres são aqueles gajos que entram pelo computador duma pessoa a dentro e a pessoa nem se dá conta, é quase como os micróbios que também andam cá dentro da gente e a gente nem sente nada.
Por isso, eu acho que você devia arranjar um especialista que fizesse um exorcismo informático lá no blogger que lixasse essa pandilha dum raio, que só estão contentes é em andando a chatear o juízo à malta.
Tirando isso, ó porfessor, o mote desta semana até está jeitoso, mas está um bocadinho antiquado, porque isso de pescada aos réis, ena, onde isso já vai…
Mas tome lá um abraço e agasalhe-se bem,
Manel José